Rev Saúde Pública 2001;35(2):150-158
www.fsp.usp.br/rsp
Prevalência do uso de drogas e
desempenho escolar entre adolescentes*
Beatriz Franck Tavaresa, Jorge Umberto Bériab e Maurício Silva de Limaa, c
aDepartamento de Saúde Mental da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Pelotas.
Pelotas, RS, Brasil. bDepartamento de Medicina Social da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal de Pelotas. Pelotas, RS, Brasil. cFaculdade de Medicina da Universidade Católica de Pelotas.
Pelotas, RS, Brasil
Transtornos relacionados ao uso de
substâncias psicoativas,
epidemiologia.# Adolescência.#
Estudantes.# Baixo rendimento
escolar.# Comportamento do
adolescente. Prevalência. Estudos
transversais. Fatores
socioeconômicos. Fatores
epidemiológicos. Álcool. Tabaco.
Maconha. Cocaína. Ansiolíticos. –
Abuso de substâncias. – Drogas.
Desempenho escolar.
Objetivo
Avaliar a prevalência do uso de drogas entre adolescentes de escolas com segundo grau.
Métodos
Com base em um delineamento transversal, foi realizado estudo em 1998 , em
Pelotas, RS. Um questionário anônimo, auto-aplicado em sala de aula, foi respondido
por uma amostra proporcional de estudantes com idade entre 10 e 19 anos,
matriculados no primeiro grau (a partir da 5a série) e no segundo grau, em todas as
escolas públicas e particulares na zona urbana do município que tinham segundo
grau. Realizou-se até três revisitas para aplicação aos alunos ausentes.
Resultados
Foram entrevistados 2.410 estudantes e o índice de perdas foi de 8%. As substâncias
mais consumidas, alguma vez na vida, foram álcool (86,8%), tabaco (41,0%), maconha
(13,9%), solventes (11,6%), ansiolíticos (8,0%), anfetamínicos (4,3%) e cocaína
(3,2%). Os meninos usaram mais do que as meninas maconha, solventes e cocaína,
enquanto elas usaram mais ansiolíticos e anfetamínicos. Uso no mês, uso freqüente,
uso pesado e intoxicações por álcool foram mais prevalentes entre os meninos. Após
controle para fatores de confusão, permaneceu positiva a associação entre uso de
drogas (exceto álcool e tabaco) e turno escolar noturno, maior número de faltas à
escola no mês anterior e maior número de reprovações escolares.
Conclusões
A prevalência de experimentação de drogas em adolescentes escolares é alta, sendo
importante detectar precocemente grupos de risco e desenvolver políticas de prevenção
do abuso e dependência dessas substâncias.
INTRODUÇÃO
Consumir drogas é uma prática humana, milenar e
universal. Não existe sociedade que não tenha
recorrido ao seu uso, em todos os tempos, com
finalidades as mais diversas. A partir dos anos 60, o
consumo de drogas transformou-se em uma
preocupação mundial, particularmente nos países
industrializados, em função de sua alta freqüência e
dos riscos que pode acarretar à saúde. A adolescência
é uma etapa do desenvolvimento que grandes
preocupações suscita quanto ao consumo de drogas,
pois os anos adolescentes constituem uma época de
exposição e vulnerabilidade a elas.5
Na América Latina, estudos que investigaram o uso
de drogas por adolescentes por meio de questionários
anônimos auto-aplicados,1,2,16,17 indicam que o álcool
é a substância mais consumida, sendo as taxas mais
elevadas no sexo masculino.
No Brasil, inquéritos epidemiológicos têm sido
realizados com objetivo de estudar as prevalências de
uso de drogas.9,11,14 Além do álcool e do fumo, os
indicadores disponíveis apontam para uma
prevalência de uso de dois grupos de drogas dos quais
pouco se fala nos países industrializados: os solventes
e os medicamentos.
No Brasil, estudos anteriores a 1986 são de difícil
comparação entre si, por empregarem metodologias
bastante diferentes, amostragens mal definidas e
técnicas de análise estatística às vezes duvidosas.5
A partir de 1986, teve início uma segunda geração de
investigações, pois o uso de um questionário
elaborado pela Organização Mundial da Saúde
(OMS) e adaptado para o Brasil possibilitou
padronizar os estudos e comparar os resultados
obtidos.
Estudos realizados entre escolares de primeiro e
segundo graus e entre estudantes universitários3,9,11,14
mostram, consistentemente, nas diversas regiões do
País, que o álcool é a droga mais utilizada, seguido
pelo tabaco. Os solventes se mantêm como os mais
comuns no terceiro mundo, após álcool e tabaco, enquanto
que nos países desenvolvidos a maconha ocupa
o terceiro lugar.18
O Cebrid (Centro Brasileiro de Informações sobre
Drogas Psicotrópicas) tem realizado inquéritos
periódicos com adolescentes escolares em 10 capitais
brasileiras. Quatro levantamentos nacionais (1987, 1989,
1993 e 1997) mostraram prevalências de uso na vida de
drogas (exceto álcool e tabaco) sempre maiores no sexo
masculino, quando comparado ao feminino, tendo sido
as taxas de 26,8% e 22,9%, respectivamente, em 1997.11
Dados referentes ao uso de drogas por estudantes
da rede estadual de Porto Alegre, RS, em 1997,
mostraram que pela primeira vez em dez anos a
maconha ultrapassa os solventes, ocupando o terceiro
lugar, após o álcool e o tabaco.11
Em Ribeirão Preto, SP, um estudo transversal em
1.025 escolares da rede pública e privada, utilizando
questionário anônimo auto-aplicado,14 mostrou que o
uso na vida de drogas ilícitas é maior na burguesia,
enquanto que o de álcool é maior no proletariado.
Mostrou ainda que todas as taxas de uso crescem
com a idade, sendo o consumo maior no sexo
masculino, exceto para os medicamentos.
O presente estudo teve por objetivo estimar as prevalências
de uso de drogas em uma amostra representativa
dos adolescentes que freqüentavam todas as
escolas públicas e particulares que tinham segundo
grau na zona urbana de uma cidade de porte médio
(Pelotas, RS). Também foi investigada a distribuição do
152 Rev Saúde Pública 2001;35(2):150-158
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Uso de drogas e desempenho escolar
Tavares BF et al.
uso de drogas em relação a fatores sociodemográficos,
bem como sua relação com o desempenho escolar.
MÉTODOS
Na pesquisa, realizada de agosto a novembro de
1998, utilizou-se um delineamento transversal. Pelotas,
cidade onde se realizou o estudo, localiza-se na região
sul do Brasil, no Estado do Rio Grande do Sul, distante
cerca de 240 km da capital do Estado. A população
urbana no ano de 1996 era de 282.713 habitantes.
A amostragem aleatória foi sistemática, estratificada
(turnos diurno e noturno, primeiro e segundo graus,
escolas particulares e públicas) e com probabilidade
proporcional ao tamanho (número de alunos) de todas
as escolas da zona urbana de Pelotas, que tinham o
segundo grau. O universo amostral constituiu-se de
24 escolas, sendo 12 unidades estaduais, nove
particulares, duas federais e uma municipal, com 27.990
alunos matriculados no primeiro grau (a partir da
quinta série) e no segundo grau, o que corresponde
aproximadamente à faixa etária de 10 a 19 anos.
O tamanho da amostra foi calculado para um estudo
mais amplo sobre o mesmo tema com o programa Epi
Info, versão 6.02. Estimou-se a prevalência de uso na
vida de drogas de 20% nos não expostos, nível de
confiança de 95%, poder estatístico de 80%, risco
relativo de 2 e prevalência da exposição (morbidade
psiquiátrica e eventos estressantes) de 3%.
Acrescentou-se ao número final 30% para fatores de
confusão e 10% para perdas, resultando num total de
1.960 pessoas.
Foi feito sorteio sistemático de cem turmas que
contribuíriam com 20 alunos cada uma, perfazendo um
total de 2 mil alunos. Sendo o tamanho das turmas
bastante variável, essa diferença foi compensada pela
ponderação na análise. Apenas uma escola, cujo
número total de alunos era 33, não teve nenhuma de
suas turmas incluídas na amostra.
Utilizou-se um questionário anônimo auto-aplicado,
com 128 questões, a maioria pré-codificada. Para dados
sobre o uso de drogas utilizou-se o modelo de
instrumento proposto pela OMS (1980) e adaptado no
Brasil por Carlini-Cotrim et al.7 A aplicação foi feita
coletivamente, em sala de aula, sem a presença do
professor, e os questionários recolhidos em envelope
pardo. Os aplicadores retornaram às escolas, em até
três ocasiões subseqüentes, para aplicar o
questionário aos alunos que estavam ausentes. Os
questionários de retorno eram aplicados em uma sala
disponível na escola, seguindo os procedimentos
estabelecidos. Para garantir o anonimato, o envelope
com os questionários da turma era levado nos retornos,
permitindo que os alunos depositassem seu questionário
em meio aos outros, no mesmo envelope.
As variáveis estudadas foram as seguintes:
Variável dependente
Padrão de uso não-médico de psicotrópicos (álcool,
tabaco, solventes, ansiolíticos, anfetamínicos,
anticolinérgicos, barbitúricos, maconha, cocaína,
opiáceos, alucinógenos, orexígenos e outros).
Para uso de drogas foram investigadas as seguintes
categorias, de acordo com a classificação da OMS:
• uso na vida: usou pelo menos uma vez na vida;
• uso no ano: usou pelo menos uma vez nos 12
meses anteriores à pesquisa;
• uso no mês: usou pelo menos uma vez nos 30 dias
anteriores à pesquisa;
• uso freqüente: usou seis vezes ou mais nos 30
dias anteriores à pesquisa;
• uso pesado: usou 20 vezes ou mais nos 30 dias
anteriores à pesquisa.
Variáveis independentes
• Classe social: determinada pelo critério Abipeme
(Associação Brasileira dos Institutos de Pesquisa
de Mercado),13 reformulado em 1991, que considera
itens de consumo e grau de escolaridade do chefe
da família. Quanto a este último, 638 alunos
informaram que o chefe da família havia feito curso
superior. Destes, 14 especificaram que o curso não
havia sido completado e 74 especificaram curso
completo. Os restantes, não especificados, foram
considerados como tendo completado o curso;
• demográficas: idade, sexo e cor;
• desempenho escolar: freqüência do aluno à escola
n
sábado, 12 de novembro de 2011
| Principal | Questionário | Maconha | Fumo | Alcoolismo | Links de Toxicologia |
Maconha
- Introdução
Muito se fala em drogas, mas como saber o que é droga? Tudo depende do objetivo a qual se deseja atingir e as formas de uso. Seria a maconha um mal absoluto ou poderia ser usada para fins benéficos como remédio ou como matéria prima para a indústria textil? Muito tem que se discutir sobre isso. Não podemos agir precipitadamente, mas sabemos de antemão que os efeitos da planta no organismo são avassaladores. Apresentamos aqui uma abordagem técnica da planta e uma análise social do seu uso, bem como seus efeitos no homem. |
- Descrição da Planta
Canabis Sativa | Nome: Maconha Origem do Nome: do Quimbundo* MA’KAÑA, que significa erva santa Nome Cientifico: Cannabis sativa ( lia-se: kânabis sativa) Família: Canabáceas Origem: Àsia Central ou Oriente Próximo Formas de Uso: Pode ser usada como fumo ou por ingestão Principio ativo: THC (Tetrahidrocanabiol) Descrição: Planta arbustiva, possui folhas em forma serrilhada e verdes. Pode atingir ate 2,50 metros de altura. Status Legal: proibido uso, trafego e comércio. * Quimbundo: língua do grupo Banto, falada em Angola. |
- Histórico
A maconha (palavra de origem angolana) é uma das drogas extraídas de plantas mais antigas, os registros mais remotos datam de 2723 a.C., quando foi mencionada na Farmacopéia chinesa. Outras informações históricas evidenciam a existência da maconha em uma cerâmica com marcas da fibra do vegetal encontrada há mais ou menos 4.000 a.C. no norte da China central. Difundiu-se gradualmente para a Índia, Oriente médio, chegando a Europa somente nos fins do século XVIII e início do XIX, passando pelo norte da África e atingindo as Américas. Até então, era utilizada principalmente por suas propriedades têxteis e medicinais. Os romanos valorizam a planta principalmente por causa das resistentes cordas e velas para navio produzidas com sua fibra. Após a viagem de Vasco da Gama, navegadores portugueses introduziram na África e na Ásia o tabaco. Em troca, seus navios trouxeram escravos acostumados a fumar maconha para o Brasil. Aqui ela também foi utilizada para produção de fibras, na mesma época, nos Estados Unidos, George Washington, Thomas Jefferson e fazendeiros importavam da Europa a semente para o plantio. As carroças dos pioneiros na conquista do oeste americano eram protegidas com lonas feitas a partir das fibras da maconha. Navios portugueses, espanhóis, holandeses, franceses e ingleses dependia tanto das velas e cordas de maconha que seus governos espalharam sementes da planta por todo o planeta. Até o século XX a maconha era mais famosa nas Américas como fibra têxtil e como planta medicinal. De meados do século XIX até os anos 40 a maconha constava na farmacopéia oficial de vários países. Remédios a base de maconha eram disponíveis em qualquer farmácia. No ocidente a maconha começou a ser usada como psicotrópico por escritores e artistas no século XIX, como os poetas franceses Rimbaud e Baudelaire, mas sua utilização restringia-se a pequenos círculos boêmios das grandes cidades e as colônias de imigrantes asiáticos e africanos. Em meados do século XX, porém, os cientistas identificaram os efeitos colaterais da maconha e seu uso acabou restringido ou excluído nas farmacopéias, sendo proibido por lei em vários países. O consumo da maconha, entretanto, passou a ser disseminado no mundo nos anos 60. A difusão do Rock e de Woodstock, bem como o avanço hippie em muito colaborou para que a maconha se espalhasse pelos Estados Unidos e desde este país fosse dissiminada para o mundo todo. Seu uso era freqüente entre as classes mais baixas e mais tarde foi difundido entre os jovens de todas as classes. Na década de 1960 a maconha era usada em shows de rock, juntamente com outras drogas e atingiu grande abrangência entre os jovens, sendo inclusive usada por soldados americanos na Guerra do Vietnã. No Brasil a droga é usada principalmente no pela população jovem de classe baixa, média e alta. Nos últimos anos as estatísticas mostram que a maconha está sempre entre as drogas ilícitas mais consumidas pelos jovens estudantes colegiais e universitários. |
- Forma de Uso e Outros Narcóticos Derivados da Maconha
Forma de Maconha para fumar | A maconha é usada como fumo, das folhas e algumas vezes de flores da planta.Também o haxixe, uma outra forma de narcótico é proveniente da maconha com a diferença de que utiliza a resina que cobre as flores e as folhas da parte superior da planta. É um extrato, e por isso o haxixe é muitas vezes mais potente que a maconha comum. |
Haxixe | Há algum tempo surgiu uma nova variedade de maconha, chamada "skunk" ou "supermaconha". O skunk é produzido em laboratório com variedades de cânhamo cultivados no Egito, Afeganistão e Marrocos, apresentando um teor de THC ou seja tetrahidrocanabiol, o composto químico responsável princípio tóxico ativo da maconha, de até 33%. Seus efeitos são dez vezes mais potentes que os da maconha comum. No Brasil, o consumo do skunk está crescendo. |
Folhas de Maconha, in natura | Haxixe: droga psicoativa constituída pela resina viscosa e dourada que cobre as folhas da maconha. O efeito máximo da haxixe ocorre 30 minutos após sua absorção, mascado ou fumado. Skunk: droga psicoativa, derivada da maconha, produzida em laboratório. Contém altas concentrações de THC e efeitos que chegam ser até 10 vezes mais fortes que a maconha comum |
- Princípio Ativo
São mais de 60 substâncias que se encontram presentes na maconha, chamadas pelo nome genérico de canabióides. O tetrahidrocanabiol é a substância preponderante e o principal princípio ativo da maconha. Também é conhecido o delta 9 tetrahidrocanabiol. Sua concentração pode se de 1% a 5% na maconha comum e de até 33% no skunk. |
- Como a Maconha Age no Organismo
Onde a droga aje 1-Cortéx Frontal. Controla o comportamento. A euforia tem origem aqui. 2-Núcleo Acumbens pode sediar o mecanismo que causa dependência. 3-Hipocampo É o setor que guarda informações. Se atingido perde-se a memória. 4-Cerebelo Responde às alterações da coordenação motora. | Quando um psicotrópico chega ao cérebro, estimula a liberação de uma dose extra de um neurotransmissor, provocando as sensações de prazer. À medida que o uso vai se prolongando, o organismo do usuário tenta se ajustar a esse hábito. O cérebro adapta seu próprio metabolismo para absorver os efeitos da droga. Cria-se, assim, uma tolerância ao tóxico. Desse modo, uma dose que normalmente faria um estrago enorme torna-se em pouco tempo inócua. O usuário procura a mesma sensação das doses anteriores e não acha. | |
Por isso, acaba aumentando a dose, para uma dose maior para obter o mesmo efeito. A dependência vai assim se agravando continuamente. Como o psicotrópico imita a ação dos neurotransmissores, o cérebro deixa de produzi-los. A droga se integra ao funcionamento normal do órgão. E quando falta o “impostor” químico, o sistema nervoso fica abalado. É o que popularmente se conhece como a síndrome da abstinência da droga. Os neurotransmissores são substâncias químicas capazes de transmitir um sinal elétrico de um neurônio a outro. Assemelham-se a um eletrólito de bateria, o qual permite que a corrente elétrica circule pelas placas. Depois de retransmitir o sinal elétrico o neurotransmissor normalmente é reabsorvido, para não ficar estimulando indefinidamente os outros neurônios, permitindo que eles possam reagir rapidamente a novas exigências. As drogas que provocam euforia, como a cocaína, impedem essa reabsorção, de modo que o cérebro fica super-ativado. Não é difícil perceber o estrago que essa intervenção antinatural pode provocar, quando se sabe que num minuto ocorrem trilhões de trocas neuroquímicas no cérebro. Não é sem razão que muitos especialistas em drogas chamam esse estado de "prazer espúrio"... Os especialistas costumam dividir as drogas em dois tipos: leves e pesadas. Drogas leves são as que causam "dependência psíquica", que significa o desejo irrefreável de consumir a droga. Drogas pesadas são aquelas que além da dependência psíquica causam também a física, ou seja, a sua falta acarreta uma síndrome de abstinência tão violenta, com sintomas físicos tão dolorosos, que o viciado procura desesperadamente pela droga a fim de aliviar a ânsia de consumo. Por essa razão, fumo e álcool podem ser considerados como drogas pesadas, apesar de serem socialmente aceitas. |
- Efeitos no organismo
Ao chegar na corrente sangüínea, a maconha passa por todos os tecidos do organismo. As sensações experimentadas variam com o teor de Delta 9THC das preparações (que varia de acordo com a parte da planta utilizada e o modo como são preparadas), via de introdução e absorção do Delta 9THC. Os efeitos variam muito de indivíduo para indivíduo e dependem da personalidade e mesmo do grau de experiência do indivíduo no uso da droga. Os efeitos são os mais diversos possíveis, a seguir listados, estão alguns efeitos e males causados pelo uso da maconha: A curto prazo, os efeitos comportamentais típicos são:
Doses mais altas de podem levar a: A longo prazo, a extensão dos danos, bem caracterizados, se restringem ao sistema pulmonar e cardiovascular. Observação: A mulher que amamenta passa as toxinas da droga para a criança através do leite materno. |
- Dados Estatísticos sobre a Maconha
O consumo da maconha começou a subir na década de 1960-70 chegou ao ápice em 1979 depois caiu, voltando a avançar em 1994. Nos EUA em 1992, 4% da população tragava a maconha. Avaliações feitas pela OMS, indica que em 1997 o número de usuários de maconha era de 140 milhões de pessoas. A OMS afirma ainda que o uso da maconha tende a aumentar. |
Drogas em Escolas do Rio de Janeiro - RJ
(pesquisa com 3139 alunos de 1º e 2º grau, entre 1997 e 1998)
(pesquisa com 3139 alunos de 1º e 2º grau, entre 1997 e 1998)
|
Fonte: Revista GALILEU Nº 08, Editora Globo Ciência 1999 |
- Recuperação de Viciados
A recuperação de viciados da maconha não se difere muito da forma de recuperação de outros viciados. Acontece ainda que geralmente um viciado em maconha, que é uma droga de poder viciativo moderado, também é viciado em outras drogas como a cocaína e álcool. A dependência é considerada como doença, e cada caso é um caso único a ser tratado. As atividades de recuperação de viciados concentram-se em clinicas especializadas, onde o viciado não tem contato com a droga. Em clínicas especializadas os doentes passam por uma análise histórica e depois são tratados e acompanhados por psicólogos, psiquiatras e médicos. Há também as clínicas localizadas no campo em forma de comunidades. Ali os viciados estão em contato com outros viciados com o mesmo problema. Os viciados tem acompanhamento médico e religioso, e se curam conforme eles mesmo dizem, pela força da fé. Nas clínicas campestres pessoas em recuperação passam por aconselhamento e são instruídos a trabalhar em atividades agrícolas. Muitos trabalhos dessa forma tem conseguido bons resultados, como por exemplo a comunidade Betânia em Santa Catarina e a comunidade do Padre Aroldo. Há também os que procuram em igrejas evangélicas de diferentes denominações para se livrar do vício e obtém resultados positivos. |
- Conclusão
É impossível dizer que a maconha não faz mal. É um vício, considerado por muitos como doença. Quem está vendo de fora pouco sabe sobre ela. Quem já viveu uma experiência com maconha tem outra visão. Por melhor que seja o prazer causado pela inalação de um cigarro feito de maconha ele com certeza não trará bons resultados no futuro.
A maconha chega ate o usuário pelo traficante, que repassa a droga a um conhecido, que por sua vez oferece a um não viciado. Ai está a dinâmica de iniciação do novo viciado, em geral fumante. São inúmeras as consequências maléficas do uso da maconha, que vão desde baixo rendimento nos estudos até alterações hormonais. O vício sempre é mais forte e pensando no prazer ou por vício o usuário ser esquece das consequências a longo prazo e reincide novamente.
Então é correr atrás do prejuizo, tentar se livrar do vício da maconha, que geralmente leva a outros vícios, pois onde há maconha quase sempre também há outras drogas. Do ponto de vista técnico, a maconha age no cérebro alterando sua função, causando várias conseqüências. Há portanto muita coisa a dizer e se fazer para se minimizar o uso da maconha. Devemos começar por entender como ela age e seus efeitos.Instruir as novas gerações para que não caiam no vicio.
A maconha chega ate o usuário pelo traficante, que repassa a droga a um conhecido, que por sua vez oferece a um não viciado. Ai está a dinâmica de iniciação do novo viciado, em geral fumante. São inúmeras as consequências maléficas do uso da maconha, que vão desde baixo rendimento nos estudos até alterações hormonais. O vício sempre é mais forte e pensando no prazer ou por vício o usuário ser esquece das consequências a longo prazo e reincide novamente.
Então é correr atrás do prejuizo, tentar se livrar do vício da maconha, que geralmente leva a outros vícios, pois onde há maconha quase sempre também há outras drogas. Do ponto de vista técnico, a maconha age no cérebro alterando sua função, causando várias conseqüências. Há portanto muita coisa a dizer e se fazer para se minimizar o uso da maconha. Devemos começar por entender como ela age e seus efeitos.Instruir as novas gerações para que não caiam no vicio.
segunda-feira, 7 de novembro de 2011
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MEMÓRIAS DE UM DROGADO
domingo, 30 de maio de 2010
Poesia: Memórias de um drogado
A cada momento viajo na imensidão do vazio da minha memória.
Toda ilusão e alucinação vêm sobre mim como um relâmpago que sai do oriente e que se mostra no ocidente.
Será que estou louco?
Será que morri?
Apenas vejo coisas que nunca vi.
Diante do pó branco sobre minha mesa procuro refúgio na esperança de encontrar os sonhos que nunca vivi.
Autor: Adalberto Romualdo Pereira Henrique
Acadêmico de Terapia Ocupacional pela FAMINAS – Faculdade de Minas
Muriaé- MG
DIGA Ñ AO CRACK
Diga Não Ao Crack
Comunicação Racial
Hoje acordei meio triste sem ter motivos pra rir
Vendo os irmãos se entregando se acabando no crack
Isso me faz chorar é triste ver a família que sofre
Perdendo o chão.
A pedra e o cachimbo na mão
Mais um que vai mergulhar num
Mar de pura ilusão outra família
A chorar é deprimente ver
Mais uma vida acabar
Hoje acordei meio triste sem ter motivos pra rir
Vendo os irmãos se entregando se acabando no crack
Isso me faz chorar é triste ver a família que sofre
Perdendo o chão.
Mais uma lágrima escorre na face
De quem ficou o vicio maldito do crack
Mais uma vida levou, não quero ver
Você indo de encontro à morte
Hoje acordei meio triste sem ter motivos pra rir
Vendo os irmãos se entregando se acabando no crack
Isso me faz chorar é triste ver a família que sofre
Perdendo o chão.
Não, não vá
Vendo os irmãos se entregando se acabando no crack
Isso me faz chorar é triste ver a família que sofre
Perdendo o chão.
A pedra e o cachimbo na mão
Mais um que vai mergulhar num
Mar de pura ilusão outra família
A chorar é deprimente ver
Mais uma vida acabar
Hoje acordei meio triste sem ter motivos pra rir
Vendo os irmãos se entregando se acabando no crack
Isso me faz chorar é triste ver a família que sofre
Perdendo o chão.
Mais uma lágrima escorre na face
De quem ficou o vicio maldito do crack
Mais uma vida levou, não quero ver
Você indo de encontro à morte
Hoje acordei meio triste sem ter motivos pra rir
Vendo os irmãos se entregando se acabando no crack
Isso me faz chorar é triste ver a família que sofre
Perdendo o chão.
Não, não vá
Drogas
As drogas são definidas como toda substância, natural ou não, que modifica as funções normais de um organismo. Também são chamadas de entorpecentes ou narcóticos. A maioria das drogas são produzidas à partir de plantas (drogas naturais), como por exemplo a maconha, que é feita com Cannabis sativa,
e o Ópio, proveniente da flor da Papoula. Outras são produzidas em
laboratórios (drogas sintéticas), como o Ecstasy e o LSD. A maioria
causa dependência química ou psicológica, e podem levar à morte em caso de overdose. . Existem exames médicos que conseguem detectar a presença de várias drogas no organismo – são chamados de Exames Toxicológicos.
As pessoas que tentam abandonar as drogas podem sofrer com a Síndrome de Abstinência, que são reações do organismo à falta da droga.
O tráfico de drogas é chamado de narcotráfico. Algumas dessas substâncias são utilizadas em medicamentos (drogas lícitas), outras são proibidas em quase o mundo todo (drogas ilícitas).
O tráfico de drogas é chamado de narcotráfico. Algumas dessas substâncias são utilizadas em medicamentos (drogas lícitas), outras são proibidas em quase o mundo todo (drogas ilícitas).
Abaixo os principais tipos de drogas: Drogas Naturais
Drogas Sintéticas
Drogas Semi-Sintéticas
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Outras Drogas: inalantes, solventes, bebidas alcoólicas, cigarro
O QUE É VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER
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